As idéias referentes a culpabilização da infância e da adolescência transitam como as marés no grande Oceano Brasileiro. Novamente a velha discussão que busca reduzir a idade penal como solução para diminuir a violência no Brasil e explicação para as mazelas sociais, resurge em nosso Senado . O que reavivou a discussão? Quiçá a violência escolar, tema recorrente e estafante em nossa mídia; ou ainda o quadro sócio-econômico brasileiro, que precisa ser embotado, subliminarmente esquecido e nada melhor para isto que notícias polêmicas, que geram interesse da opinião pública para desviar as atenções...
O fato é que as nossas crianças e adolescentes não podem pagar a conta por atitudes criadas e mal conduzidas pela população adulta de nossa Nação, caso contrário, repete-se a realidade histórica Medieval, onde o conceito infância não existia e assim, a criança, considerada mini-adulto, não tinha direitos, necessidades específicas e sequer era reconhecido que esta tinha cuidados especiais por ser um indivíduo em desenvolvimento, em formação ...
Na postagem anterior vocês podem conferir que a CNBB(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) posicionou-se a este respeito e publicou uma carta que traz importantes reflexões sobre esta questão.
Após tê-la lido, fortaleci minha posição e do Instituto de ser VIEMENTEMENTE CONTRA A REDUÇÃO DA IDADE PENAL!
Muitas vezes, para salvar uma vida é necessário extirpar partes podres, como apêndice, membros gangrenados, partes mortas, etc. Existe a prevenção? Com certeza, mas depois do mal instalado, não tem solução.
ResponderExcluirPrevenir com educação, saúde e segurança, controle de natalidade, dando orientação desde a idade tenra, se faz necessário urgentemente, para que as pessoas não "apodreçam"; mas a pessoa que já está "podre", o que fazer com ela?
Só existe uma forma: extirpando da sociedade, desta forma protegeremos a vida de inocentes que morrem, que são corrompidos e prostituídos pelas mãoes destas pessoas "apodrecidas".
Extirpar da sociedade que já foi "extirpado", excluso e privado de todos os seus direitos será apenas confirmar nossa incampacidade de fazer o que é certo, o que está na Lei. Antes de mais nada é preciso ter presente que o ECA não é sinônimo de impunidade e se hoje é visto assim é devido a um sistema falho incampaz ou que assim se faz de cumprir o que o ECA determina quanto as "punições", além disso não é só o ECA que não é levado a termo uma vez que mais de 40% da população carcerária do Brasil é composta por detentos provisórios, isto é, que esperam por uma sentença, muitas vezes inocentes (Estatística apresentada no Jornal Nacional de 19.05.2009).
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